Para entendermos a vida, seus métodos e processos é fundamental que nossa visão transcenda a experiência atual. As regras trazidas pelo Evangelho são de cunho universal e assim, pedem amadurecimento espiritual e moral para serem compreendidas.
Quem nunca se viu passando por algo que parecia ser uma profunda manifestação de injustiça?
Lemos em “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, no capítulo V – Bem-aventurados os Aflitos: “O homem, pois, nem sempre é punido, ou punido completamente, na sua existência atual; mas não escapa nunca às consequências de suas faltas. A prosperidade do mau é apenas momentânea; se ele não expiar hoje, expiará amanhã, ao passo que aquele que sofre está expiando o seu passado”.
Claro que estudando a Doutrina Espírita, aprendemos que a palavra de ordem é “consequência”, e seja nesta oportunidade ou outra, ela sempre nos alcança! A injustiça de hoje é a vida alcançando aquele que não sofreu as consequências dos próprios atos ontem, desta forma, avaliar o que é justo ou não fica difícil, enquanto estamos envolvidos nas reações dos nossos próprios efeitos. Desta forma, como temos nossa visão eclipsada a nosso próprio respeito, para uma condução segura, somente tendo o Evangelho como bússola a orientar nossa alma que caminha sedenta de encontrar-se e tomar posse da própria paz.
Se o sofrimento não provocado hoje é o acerto de contas dos equívocos de ontem, convém passarmos pelas consequências dos nossos atos de maneira adequada, sem lamentar, questionar a Providência Divina ou fazer pesar sobre os demais o que nos é necessário passar.
Em boa definição, os aflitos são considerados “bem-aventurados” por
que as aflições e angústias despertam e amadurecem o Espírito, assim, toda prova também é oportunidade de crescimento e edificação moral.
Se a causa de um acontecimento não se encontra no presente, certamente está no passado equivocado, o que faz da existência atual, oportunidade valiosa de reparação e de construção da própria felicidade.
Ninguém se elevará a uma condição de felicidade real, enquanto carregar consigo situações com necessidade de reparação. Diante de qualquer acontecimento que fuja de um entendimento claro, é bom
que fique evidente que, neste mundo, pelas Leis Naturais, existem injustiças e injustos, mas nunca injustiçados!
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