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No Haiti... onde estava Deus?

Pergunta comum dos que não conhecem da vida senão a superficialidade de sua estrutura de funcionamento. E mesmo os que estudam as leis imutáveis que regem a vida ficam, muitas vezes, com suas certezas abaladas diante de tanta violência.

Entretanto, a quem responsabilizar? Afinal este é um impulso natural do ser humano sempre que algo que não queremos acontece. Partindo do princípio de que Deus é justo, onipotente, onipresente e tantos outros atributos que seria cansativo enumerar, resta-nos crer que Ele ao menos “permitiu” que acontecimentos dessa natureza ocorressem.

Evidentemente que existe um objetivo em tudo que acontece, afinal seria uma contradição um flagelo deste porte que não atendesse a lei da utilidade. Alguém perguntaria: não existe outro meio para que Deus atinja este objetivo? Seja qual for...

É claro que existe, e usa. Sempre que somos surpreendidos por tragédias desta monta é porque os recursos que poderiam ser utilizados para determinados aprendizados e resgates não foram suficientes.

Quantas vezes, por exemplo, nos sentimos cansados por um esforço constante e não paramos? Na sequência, vamos ficando abatidos e não paramos. Logo depois, sentimos um abatimento moral e não paramos. Até que adoecemos.

A pergunta é: precisava adoecer? Claro que não. Entretanto, por não termos escutado os “avisos naturais” que apontavam para a necessidade da mudança, por não pararmos para a vida, a vida nos pára.

Numa sequência natural de raciocínio, pensamos: o que a vida quer ensinar para eles, no Haiti? E a resposta seria: nada que não queira ensinar a nós também, afinal, não podemos ver este acontecimento somente como uma notícia. Ele deve nos conduzir a uma reflexão, pois refletir sobre os acontecimentos à nossa volta pode nos isentar da necessidade de passarmos por situação semelhante.

Sempre que ignoramos ou olhamos com menor valor as misérias e necessidades alheias, trazemos estas misérias impressas na própria alma. A providência divina nunca usa a violência na correção dos homens, quando isso ocorre é pleno processo de acerto com a própria consciência e com a sociedade terrena.

Necessidades criadas por condutas equivocadas e cultivadas no longo ciclo das reencarnações e que muitas vezes ensina ao homem lições de impossível compreensão sob a ótica humana, explica o que parece inexplicável. No final, quanto mais amadurecemos perante a vida iremos percebendo que, de uma maneira estranha, a vida tem sempre razão.


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