É
muito estreita a linha divisória entre o que é legal e o que é moral, confundindo
os distraídos que ignoram os objetivos maiores da vida, iludidos por defender o
que não tem defesa.
Presenciando
o STF – Supremo Tribunal Federal, considerar
constitucional o sacrifício de animais em rituais religiosos, me pergunto: Se basearam em que? Qual base serviu de
sustentação para entendimento e aprovação para este assunto?
Muitos
defendem que isso é “liberdade religiosa”,
contudo, lembramos que a finalidade da religião, qualquer que seja ela, é
aproximar o homem de Deus.
Desta
forma, apelo ao bom senso e me pergunto: como pode alguém acreditar que o
caminho que leva até Deus, passa pelos tentáculos da crueldade? Dos preceitos
da selvageria?
Sacrificar
um animal indefeso, esperando receber benefícios é ignorar totalmente a Lei de
Causa e Efeito, onde a vida, por uma questão de justiça, nos faz colher o
resultado daquilo que produzimos ou semeamos.
Aos
que pensam que essa prática deve ser respeitada, pela condição evolutiva de
seus praticantes, devemos apontar a questão 120 de O Livro dos Espíritos, onde lemos a pergunta:
“Todos os Espíritos
passam pela fieira do mal para chegar ao bem? ”
E
como resposta temos: “Pela fieira do mal, não; pela fieira da
ignorância sim”, ou seja, enquanto que os caminhos da ignorância são
inevitáveis, os caminhos do mal, onde se encontram a crueldade e todas as
manifestações que produzem dor e sofrimento, nunca foram necessárias, muito
menos lícitas ou morais.
Caso
alguém insista, alegando que essas práticas são “liberdade religiosa”, é
necessário destacar que quando o exercício de nossa liberdade, gera dor e
sofrimento, deixa de ser liberdade e passa a ser tirania.
Aos
que ignoram os valores espirituais e justificam que essa prática, por ser
constitucional é legal, lembramos que a escravidão, a inquisição e tantas
outras atrocidades que envergonham nossa história, também eram apoiadas em leis
medíocres que favoreciam interesses condenáveis.
Necessário
apontar ainda, que Deus é amor e
desta forma, toda manifestação contrária a isso é transgressão dessa realidade,
produzindo efeitos infelizes nos que buscam benefícios pelos atalhos da dor
alheia, mesmo que tais dores forem sentidas por animais.
Mesmo
estando distraídos em meio das inúmeras mudanças, inseguranças, problemas e
excessos de informações, o que a maioria das pessoas querem é a Paz. E esta,
somente será alcançada com a inexistência da violência.
Para
concluir a questão, nenhum argumento é maior do que lembrar que Jesus é nosso modelo de comportamento e
assim, devemos fazer somente o que Jesus faria, então pergunto:
Alguém imagina Jesus
sacrificando animais para obter qualquer tipo de benefício?
Se
Jesus não faria.... É bom pensar!
3 comentários:
Caro e preclaro Roosevelt, estudioso e aplicador da moral e ética cristã: endosso integralmente sua exposição e, como dizem, na informalidade, “assino embsixo”. F. Gabilan
Os animais sao irmãozinhos nossos. Nossa obrigação é cuidar, respeitar e ama-los . Esse STF não sabe o que diz. Baseado em que se determina o sacrifício dos nossos bichinhos tão amados em práticas religiosas. Os animais são seres vivos que pertencem a nossa familia.
Como espírita-cristão (embora a redundância é sempre bom pontuar) devemos mesmo nos manifestarmos claramente contra tais práticas!!
Aqui em casa temos um verdadeiro abrigo de animais - vinte e poucos gatos e duas cadelas.
Aprendemos, na prática, a importância de amarmos os animais. Três filhos nossos foram além e são veganos...
Por fim, minha esposa é umbandista e na Umbanda está pacificada a ideia de não se matar animal por quaisquer motivos.
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