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Roosevelt Andolphato Tiago

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Aplaudir ou não as palestras espíritas?

Caminhando pelas inúmeras casas espíritas, percebemos que muitas regras internas administram a condução dos trabalhos e atividades e dentre elas, uma que causa muita discussão é a liberdade ou não que o público tem de aplaudir as palestras espíritas.
Hoje, algumas instituições espíritas inibem seus frequentadores de aplaudir aos expositores que se apresentam nas reuniões públicas, ou o pior, permitem que se aplaudam somente os palestrantes renomados e que adquiriram relativa projeção.
Contudo, é natural que cada centro espírita tenha as suas regras próprias, mas como constranger uma expressão pública justamente quando temos na base de nossa Doutrina Espírita, em seu capítulo X das Leis Morais a Lei de Liberdade, onde todo espírito tem a liberdade de pensar e a de agir.
Em resposta a questão 837 de O Livro dos Espíritos, encontramos: “Constranger os homens a agirem de modo contrario ao que pensam, torná-los hipócritas. A liberdade de consciência é um dos caracteres da verdadeira civilização e do progresso”. Sem falarmos que não existe comprometimento algum dos aplausos para a reunião pública, pelo contrário, quando o público quer manifestar-se, mas é impedido, o pensamento de repreensão invade a sala da apresentação, sendo que, os aplausos nada representariam de comprometimento.
Muitos justificam que essa manifestação faria com que os oradores ficassem vaidosos, entretanto, a vaidade é perturbação que tem sua origem na alma humana e quem se envolve por ela pelos aplausos, sempre foi vaidoso! Outros alegam que o público acabará em aplaudir uns e não outros, ora, este tipo de divisão existem em todas as circunstancias da vida, lembrando ainda do evangelho: “A cada um segundo suas obras”, desta forma é natural que uns despertem maior atenção que outros e isso deve servir de estímulo para que os que buscam uma condição melhor, prossigam se desenvolvendo.
Retornando a nossa obra basilar na questão 843: “... sem o livre arbítrio o homem seria uma máquina”, nos reportando novamente para a importância da liberdade, mesmo por que o público apenas tenta manifestar gratidão ao trabalho intelectual apresentado e que deve veicular a mensagem messiânica.
Os demais trabalhadores da mesma forma possuem trabalhos importantes, mas é o orador que está exposto publicamente e responsável pelo clima que se instala na casa espírita nas palestras públicas, pois quando a palestra vai bem, todos os demais trabalhos são favorecidos e o clima geral é mais agradável.
Em boa definição, o mais adequado não é nem proibir e nem tornar obrigatório e sim cultivarmos a liberdade, deixando aos frequentadores o direito de exercer esta lei natural que o progresso nos trouxe.

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1 comentários:

Vania Mugnato de Vasconcelos disse...

Sou palestrante. Para mim as palmas são mera manifestação de incentivo ao trabalho, à mensagem dada, uma exposição de sentimentos afins como quem diz "concordo, vou praticar". Há palestrantes que se envaidecem com as palmas, mas isso é problema do trabalhador, não dos que estão ovacionando. Além disso, o que atrapalha o clima espiritual são os pensamentos em desconformidade com os objetivos daquele ambiente, o barulho interno é muitas vezes pior que qualquer barulho exterior. Tema muito apropriado em se discutir, parabéns.