Existe sempre nas comunicações mediúnicas na casa espírita, uma especial
preocupação sobre a identidade do espírito comunicante. Por razões naturais de
se entender, sempre damos maior atenção se a comunicação é assinada, ou
atribuída a um espírito conhecido. No entanto, quem garante que o espírito que
se comunica é realmente aquele quem diz ser? Como poderemos ter certeza de sua
identidade? Lembrando sempre que em muitos casos o próprio médium não teria
condições de atestar tal veracidade, a não ser pelas suas impressões
naturalmente limitadas. Mas o fato é que sempre que estamos diante de uma
comunicação escrita, verbal ou outra, somos impelidos a perguntar: - Quem é o
espírito? Obedecendo
as orientações de Kardec. A única maneira de se afirmar se uma comunicação é
coerente ao espírito que a assina é pela análise de seu conteúdo. Em “O Livro
dos Médiuns” no capítulo denominado “Da identidade dos espíritos” encontramos
na questão 255: “Todavia, em muitos
casos, a identidade absoluta não passa de questão secundária e sem importância
real”. Nos orientando que o importante é a mensagem ser posta ao crivo da
razão, se for útil é de um bom espírito e estudando vamos conhecendo o perfil
de cada espírito e daí podemos, por análise, atribuí-la com maior precisão a
alguém. Na mesma
obra, ainda encontramos questão 256: “À
medida que os Espíritos se purificam e elevam na hierarquia, os caracteres
distintivos de suas personalidades se apagam, de certo modo, na uniformidade da
perfeição; nem por isso, entretanto, conservam eles menos suas
individualidades. É o que se dá com os Espíritos superiores e os Espíritos
puros”. Assim,
esclarecem que quanto maior a elevação de um espírito, menor atenção ele dá
para identificar-se, sendo movido apenas pelo desejo de fazer o bem por meio de
sua comunicação. Geralmente,
após a mensagem, o médium equivocado é quem faz questão da identificação do
espírito, como se isso desse veracidade a ela. No entanto, tanto o médium como
os que forem se beneficiar da mensagem, devem entender que a necessidade de
identificação é humana e que bom mesmo é entender que, independente de que
assine a comunicação, a necessidade de se analisar tudo é constante. Conclui
ainda no capítulo XXIV – “...quanto mais
venerável for o nome com que um Espírito se apresente, tanto maior desconfiança
deve inspirar”. Apontando novamente que questionar as comunicações,
incomoda apenas aos espíritos menos felizes e os médiuns que estudaram pouco. É
recomendação de Kardec passar tudo ao crivo da razão e se assim nos
comportarmos, esta análise nos auxiliaria a não ficar vulneráveis as investidas
dos espíritos perturbados. Devemos criar o hábito de, seja em comunicações, livros ou mensagens,
aprender a analisar sempre o conteúdo, sem constrangimento algum, afinal esta é
a orientação do Codificador e agir contrario a ela, apenas interessaria aos maus
intencionados dos dois mundos.
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