Pelo
impulso de se estudar menos do que deveria, alguns companheiros chegam a
questionar a possibilidade de que Allan Kardec estivesse superado, diante da
atual modernidade. Entretanto, para que algo fique superado, ele deve estar
finalizado, concluído, e observando a obra do Codificador, vemos claramente que
ele não colocou ponto final em nada, muito pelo contrário, estruturou bases sólidas
sabendo que um grande edifício seria construído sobre elas no correr dos anos.
Em
“A Gênese” capítulo I – item 55 encontramos: “Caminhando de par com o progresso, o Espiritismo jamais será ultrapassado,
porque, se novas descobertas lhe demonstrassem estar em erro acerca de um ponto
qualquer, ele se modificaria nesse ponto. Se uma verdade nova se revelar, ele a
aceitará” evidenciando além de extrema humildade uma segurança na própria
obra.
Sendo
assim, podemos aceitar novidades que certamente o progresso trará, mas
respeitando sempre as bases, pois toda construção edificada fora da base,
certamente ruirá, como tantos modismos que passaram. Jesus chamaria de “casa
edificada sobre a areia” registrado em Mateus 7:24.
Como
pode estar superado o que nem sequer entendemos, senão na superficialidade?
Certamente que aqueles que realmente estudam as obras da Codificação sabem que
quanto mais se estuda, mas se percebe a profundidade do espiritismo,
evidenciando que para seu entendimento profundo, isso pediria muitas
experiências físicas dedicadas a isso.
Aos
que alegam que a Doutrina é do século passado, lembramos que as grandes
filosofias do mundo são seculares ou milenares, a exemplo o Tao Te Ching, escritos chineses de 600
a.C., o Vedanta possui registros de
mais de 3.000 a.C., o Bhagavad-Gita é
datado de 400 a.C. sem falar que se Kardec é do outro século, Jesus é do outro
milênio, conclusão, a Doutrina Espírita é uma jovem desconhecida.
Toda
a obra da Codificação é lúcida e transparece o caráter do Codificador, que sem
querer ser dono da verdade, nos deixou um volumoso e fantástico conteúdo, que
os interessados em estudar não terão tempo para questionar muito menos para
reinventar preceitos trazidos por espíritos superiores e entregues a uma mente
preparada e acima de tudo moralizada.
Encontramos
em “Obras Póstumas”, no capítulo Constituição do Espiritismo, item II - Dos
cismas, uma nova expressão do Codificador, sempre lúcida e que acalma tanto os
fiéis em Kardec quanto aos que tentam reinventar o espiritismo: “Se tenho razão, todos acabarão por pensar
como eu; se estou em erro acabarei por pensar como os outros”. Aguardemos
então, mas com bom senso, é claro e acima de tudo, nos comportando como irmãos!
Dizer
que Kardec está superado é a mesma coisa que dizer que a água não mata mais a
sede – experimenta para ver!
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