Livres Pensadores

Roosevelt Andolphato Tiago

Espiritismo somente com fidelidade em Allan Kardec
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Quem cuida das borboletas?

A vida possui regras próprias que muitas vezes parece-nos sem regra alguma. São desafios constantes e uma criatividade em superar nossas expectativas, que deixam longe nossos melhores gênios do marketing ou propaganda. Essa miscelânea de situações, provas e obstáculos, apontam para uma genialidade
insuperável, muitas vezes até nos colocando em estranhas dificuldades e que muitas vezes nem sabemos como superamos, mas uma situação especial me fez refletir com maior intensidade sobre esse axioma. Estava em casa e ao acaso, observava algumas borboletas tão coloridas como frágeis a enfeitar a paisagem, ornando nossa vida corrida, ainda sem saber ao certo para onde.
Entretanto, após tanto tempo sem chuva, o tempo altera-se apresentando uma escura nuvem que a tudo envolve e mais que de repente uma forte chuva chega, acompanhada pela ventania impiedosa que arrasta tudo pela frente. Objetos desaparecem e nas casas janelas, portas e portões parecem que serão arrancados.
Temos um impulso instintivo de procurar abrigo saboreando de proteção, enquanto que a sinfonia da tempestade emoldura à tarde. Refugiado e seguro, um pensamento vem à mente: e as borboletas? Para onde foram? Quem cuida delas? Certamente que criaturas tão indefesas não tiveram a menor chance contra a impiedosa manifestação do tempo. Afinal é um grande desafio até para nós. Contudo, assim como as situações de nossa vida, a tempestade vai com a mesma prepotência com que veio e o tempo se edifica calmo e ensolarado, agora mais belo ainda, pois traz o brilho do reflexo da água sobre tudo. Quando menos percebemos, que aparece? Claro, as borboletas, flutuando com a mesma tranquilidade de antes e como se nada houvesse acontecido. Ficamos intrigados pensando como elas sobreviveram? A mesma coisa acontece conosco, muitas vezes os problemas que se apresentam são grandes e violentos, mas fazendo com dedicação a parte que nos cabe e agindo com confiança na vida, certamente Deus nos proverá, afinal se o Criador não esquece nem as pálidas borboletas, não negligenciaria com sua maior obra – você!
É evidente que nessa reflexão, não apontamos para a afirmação de que alguém, mesmo de ordem divina, resolverá nossos problemas, pensar assim seria um equívoco destituído de razão.
O Espiritismo apresenta, dessa forma, uma diretriz de conduta, capacitando o homem a administrar e edificar a própria vida. Sem soluções mágicas ou ilusões facilitadoras, a finalidade da Doutrina dos Imortais destina-se, através do estudo das obras de Allan Kardec e de outras que possuam a mesma base de racionalidade, promover a elevação moral e intelectual do homem, que amadurecido, se conduz de maneira mais útil e segura. 
Apenas podemos entender auxílio superior, se nossa consciência estiver harmonizada com o que devemos realizar. Encontramos em O Livro dos Médiuns, cap. XXVI – nº 291: “Não, os Espíritos não vêm livrar o homem da lei do trabalho, mas mostrar-lhe o alvo que deve atingir e a rota que leva a ele, dizendo: Marcha e o atingirás! Encontrarás pedras nos teus passos; mantém-te vigilante, e afasta-as por ti mesmo! Nós te daremos a força necessária, se quiseres empregá-la.”
Certamente, as borboletas atingem o que lhes é proposto por Deus...

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